D | S | T | Q | Q | S | S |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | 2 | |||||
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 |
24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 |
BR-470/SC: ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS E FACISC INICIAM CAMPANHA POR CELERIDADE NA DUPLICAÇÃO
Associações Empresariais de todo o Vale do Itajaí e a Facisc iniciam nesta terça-feira, dia 8 de março, uma ação para cobrar celeridade na duplicação da BR-470/SC e na elaboração dos estudos que podem definir a concessão da rodovia. Painéis rodoviários, vídeos e redes sociais serão utilizadas para difundir a campanha que cobra adota os slogans:
“Faça igual ao governo: vá devagar” e “Imprudência mata. Incompetência também”.
O objetivos é despertar não apenas a atenção do governo, mas também dos usuários da rodovia federal. Isso porque mais de 500 pessoas já morreram desde que a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a agilizar a duplicação da BR-470/SC. “Eu, pessoalmente, cobrarei a construção desta duplicação do Ministério dos Transportes e do DNIT… E dos prazos que eles me deram”. A promessa foi feita durante a cerimônia do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Blumenau, no dia 9 de junho de 2010.
Passados quase seis anos, as obras da duplicação avançam a passos lentos, em apenas dois dos quatro lotes contratados entre Navegantes e Indaial e diversas áreas às margens da rodovia ainda aguardam desapropriação. A partir da duplicação do novo Plano Plurianual do Governo Federal (2016-2019), o prazo para a conclusão das obras de adequação de capacidade ainda saltou de 2017 para 2022.
A situação é tão preocupante que o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) da BR-470/SC, aceito pelo DNIT há dois anos, estimou que a partir de 2021 uma nova faixa terá de ser construída entre Blumenau e Indaial. Ou seja, antes mesmo da obra concluída, o nível de serviço da nova BR-470/SC poderá ser comprometido.
O mesmo EVTEA concluiu como “altamente recomendável” a duplicação de toda a rodovia até a BR-116, com a construção de contorno viários em municípios como Ascurra e Apiúna. O investimento total foi estimado em R$ 3,4 bilhões, ainda em novembro de 2012.
Em junho do ano passado, o Ministério dos Transportes publicou chamamento público para a elaboração de estudos de viabilidade para a concessão de toda a BR-470/SC entre Naveganes e a divisa SC/RS. A proposta inclui ainda parte da BR-282.
Diante da má gestão dos recursos públicos, a concessão seria a única forma de viabilizar o avanço da duplicação para outras regiões, impondo ao bolso dos usuários o custeio de novas obras de adequação de capacidade, melhoria da segurança e eliminação de segmentos críticos. Lamentavelmente, como tem sido rotineiro nas ações em prol da rodovia, o prazo para entrega dos estudos pelos consórcios habilitados já foi prorrogado de 25 de janeiro para 15 de junho.
Cabe destacar que em 2009, a BR-470/SC já foi alvo de estudos preliminares para a estruturação de concessão, na 3ª Etapa – Fase II. De acordo com o Ministério dos Transportes, com base em critérios de “conveniência e oportunidade”, a concessão não avançou. O próprio EVTEA, contratado em 2009 e com prazo de conclusão aditado para dezembro daquele ano, foi aceito pelo DNIT apenas em 2014.
Os constantes atrasos em estudos fundamentais e na implantação das obras demonstram e provam não apenas a desorganização, mas a incompetência do governo federal, do Ministério dos Transportes e dos órgãos a ele vinculados na gestão da infraestrutura de transportes. Para as Associações Empresariais e a Facisc, a BR-470/SC é vítima da falta de vontade, da falta de compromisso, das deficiências de planejamento, da completa desarticulação política e em muitos casos, da imprudência dos seus usuários.
A partir desta campanha, o objetivo das associações signatárias ao movimento é promover encontros periódicos para cobrar com maior firmeza o cumprimento de prazos, mais recursos, além da celebridade nas obras de duplicação e nos demais contratos em andamento, como o de Reabilitação e Manutenção de Rodovias – CREMA 2.
Santa Catarina, 8 de março de 2016.
Faça Download do Documento Oficional.